quarta-feira, 28 de maio de 2014

DICAS || TIPS

O QUE LEVAR NA MOCHILA?

Lembrando que quanto menos peso pra carregar melhor, já que é mochilão ou malinha pequena. Sempre levo uma segunda bolsa ou mochila menor que vai na mão.

As vezes,  dependendo do destino e do orçamento, há a possibilidade de comprar algo durante a viagem. Alguns lugares que são super baratos para a compra de meias, algo que seja útil para outras viagens como um casaco ou calçado, neste caso, deixe de levar o antigo.

Na bolsa ou mochila menor levo documentos, câmera de foto/vídeo, carregadores, livro (não mais que dois) e o que for importante ir com você. Não aconselho levar computador, principalmente para camping ou viagens longas.

Segue um exemplo do que mais eu levo:

. Toalha ultrasecante. quanto menos espaço ocupar melhor e secagem rápida sempre ajuda pra não ficar com cheiro. Quando tiver que seguir viagem e não deu tempo pra secar é bom pendurar por fora da mochila pra secar durante o caminho.

. Lanterna. sempre levo minha lanterna de cabeça com opções de luz fraca, forte e verde (ótimo pra natureza). Qualquer tipo de lanterna serve. Muito importante nos casos de viagem para ilha/s, trilhas.. Também serve pra ler ou chegar à noite sem incomodar os companheiros do quartos coletivo. Enfim, sempre útil.

. Além dos chás, se pode levar essências, óleos de ervas ou medicamento, eu prefiro os naturais. Pense no que você poder ter ou já está acostumado a tomar, sem nóia.. dor muscular por exemplo, já que andamos tanto nas viagens, principalmente as montanha à cima ou de bicicleta.

. A roupa vai depender de quanto tempo é a viagem, o clima e a temperatura da região. Se forem mais de onze dias, sugiro levar como para uma semana. Ou se é uma viagem de um mês ou mais, levar para dez dias. Por exemplo:

  calcinhas, biquíni e meias (poucas)
  camisetas (poucas),
  2 shorts (um de praia e outro tipo jeans confortável), algum pode servir de pijama.
  chinelo sempre (vai sentir muita falta na hora de tomar banho em um camping ou hostel)
  casaco impermeável sempre (para chuva/vento) e levo mais um outro se for frio
  calça, o tipo depende do clima. Sempre pensando no peso.
  tênis, bota ou qualquer calçado para caminhar muito.

E você vai lavando as meias, calcinhas, alguma camiseta e o que tiver precisando. Para viagens longas, dependendo do orçamento, uma opção é juntar as roupas sujas e procurar uma lavanderia.

. Artigos de higiene pessoal é um tema à parte. É bom tentar levar tudo em tamanho reduzido, principalmente não levar aquele shampoo ou hidratante gigante. Levo sempre repelente e protetor solar, uma pinça, lixa de unha, etc. Se for ficar em hotel, já se eliminam vários itens que vão ter por lá.

. Alimentação. Algo para comer na viagem e ingredientes básicos como por ex. aveia e cuscuz. As frutas e legumes você pode comprar no local porque fica mais fresco e dependendo do destino, não passa na fronteira.

Levo também uma mistura de sal com ervas (orégano, coentro, tomilho, o que tiver), sempre bom para camping ou trilhas longas, as vezes de dias, nesses casos levaria até macarrão e pensaria nas refeições para os dias. Bolsinhas de chá, chimarrão, café, o que for de sua preferência. Sou vegetariana e um dia vou postar umas receitas ótimas para alimentar e equilibrar.



segunda-feira, 26 de maio de 2014

RIO - CURITIBA - ILHA DO MEL - CÓRDOBA - MENDOZA - SANTIAGO

Morei em Santigo, Chile e algumas vezes vim ao Rio e em uma delas resolvi fazer diferente e ir voltando, sem pressa, conhecendo o que tinha pelo caminho. Fiz um roteiro que foi sendo finalizado aos poucos, durante a viagem e, em alguns casos, na hora mesmo.

Resolvi começar por esta porque foi a primeira viagem do ano. Passei o Natal com a familía e na mesma semana embarquei pra Curitiba, onde começaria a trajetória.

Ilha do Mel foi o lugar que me incentivou a fazer essa trip, queria ficar por mais tempo, inclusive passar o ano novo lá. Depois seguir pela Argentina, cruzar a Cordilheira dos Andes e chegar ao Chile. Optei em não conhecer o Paraguay, que estava ali do lado das Cataratas. Muita gente vai lá para comprar, alguns até para revender depois. As coisas são bem baratas como perfumes, eletrônicos, relógios etc.


O roteiro final ficou assim:

Rio – Curitiba (avião)
Curitiba – Pontal do Sul (ônibus)
Pontal do Sul – Ilha do Mel (barco)
Ilha do Mel – Paranaguá (barco)
Paranaguá – Curitiba (ônibus)
Curitiba – Foz do Iguaçu (ônibus)
Puerto Iguazu – Córdoba (ônibus)
Córdoba – Carlos Paz – Córdoba (ônibus)
Córdoba – Mendoza (ônibus)
Mendoza – Santiago (ônibus)


PARTE 1 || Curitiba - Ilha do Mel

Do aeroporto fui direto para o ponto do Ligeirinho, um ônibus express, em frente ao aeroporto, só cruzar a rua. Desci na rodoviária e lá fiquei por quase 3 horas em uma fila no guichê da Viação Graciosa que vende passagens para o litoral. Pensava em comprar para Paranaguá, mas na hora me disseram que era melhor ir para Pontal do Sul. Das duas cidades partem as barcas para a Ilha.

Estava chovendo, com o trânsito pesado do ano novo e o ônibus demorou muito mais que o normal para chegar. Além do perrengue que passamos com o ar condicionado que não funcionada, as janelas estavam travadas e não abriam e o motorista falava que tinha que fechar o único buraquinho que abria e que isso seria o problema. Em uma das paradas descemos, contrariando as ordens do motorista que dizia que não ia esperar, para pegar um ar e comprar água. Eu estava desidratando, imagina a sauna!

Como o ônibus atrasou, perdi o horário da barca, mas me avisaram no ônibus que tinha uma alternativa, as lanchas que ficam ali no cais, cobrando mais caro, lógico. Entrei em uma para Encantadas com mais umas 4 ou 5 pessoas. A chuva batia forte e a lancha a toda velocidade quicava nas ondas em direção a Ilha.

Na Ilha do Mel existem dois povoados onde se pode chegar de barco, Nova Brasília e Encantadas. Optei em conhecer primeiro o lado que se chama Encantadas. Os dois contam com opções de hospedagem, bares e restaurantes. 

Como seria temporada de ano novo, busquei um lugar pra ficar, um hostel camping, e enviei um e-mail antes de ir. Não faço reservas do tipo que se paga algo com cartão ou depósito, o que neste caso até me rendeu um super desconto no final das contas. Fui de camping, levei barraca e saco de dormir no mochilão. 

Na primeira noite fiquei em um quarto coletivo, porque quando cheguei estava chovendo muito para armar a barraca. Seria só essa noite no quarto até porque já estava tudo lotado nos outros dias. O ambiente lá é muito bom e Pedro, o dono é super atencioso, e é ele quem cuida de tudo por lá, café da manhã, recepção, limpeza, tudo! Nesses dias estava seu filho adolescente dando uma força.

Nessa época as noites costumam ser super animadas. Indico tomar uma Meleca no bar Toca do Raul. É uma mistura de cachaça com ervas e mel e nesse bar só toca Raul! Outra opção é um bar com banda de reggae onde não se paga pra entrar e o forró da praça de alimentação, mas esse não foram todos os dias.

Sobre a Ilha em si, acho que palavras não podem descrever o que é estar em um paraíso desses… nem as fotos, mas dá para se ter uma ideia.






No cais de Encantadas saem diariamente barcos para Nova Brasília e vice-versa. O horário de volta fica em aberto até o último horário de retorno que é avisado na hora da compra do ticket.


Eu estava sem data para ir embora, e em uma dia de chuva, arrumei minhas coisas e  parti. Barca para Paranaguá, espera de 3 horas para sair o próximo ônibus com vaga para Curitiba. Cheguei na rodoviária de Curitiba já era noite e comprei a passagem para Foz do Iguaçu que sairia em dez minutos. Passar a noite no ônibus é uma boa tática para economizar uma diária de hospedagem. Viagens longas tem sua vantagem.

Dicas: 
.Levar lanterna já que na Ilha você vai andar por trilhas e à noite não há iluminação em algumas partes.
.Levar dinheiro, porque lá não tem caixa eletrônico, alguns lugares não aceitam cartão e as coisas são mais caras. Em caso de emergência o mercadinho faz a transação (cartão x dinheiro) cobrando uma taxa.


PARTE 2 || Foz do Iguaçu - Cataratas - Puerto Iguazu

Quando cheguei na rodoviária de Foz já era dia, bem cedo. Peguei um taxi e fui para o hostel, que havia buscado do computador do hostel anterior e anotado o endereço. Chegando no hostel agendei o tour para o mesmo dia. Conheceria as cataratas e o parque das aves estava incluso. Pensei que era um tour de verdade com guia e tal, mas era só o transporte de ida e volta. Nos deixou na porta do parque das aves e marcou uma hora para nos encontrarmos em frente a entrada das Cataratas. Como havia muita fila e a coisa atrasou, na volta não o encontramos no ponto marcado. Resolvi voltar de ônibus enquanto outras pessoas conseguiram contato e iam esperar o guia. Pelo imprevisto, nem me cobrou. 

Não vale a pena falar da fila. Para mim o que vem depois ultrapassa qualquer perrengue para chegar até ali. As Cataratas são maravilhosas e outra vez me faltam palavras e as fotos jamais darão a dimensão de tudo aquilo. Tem gente que faz o passeio nos dois lados, o brasileiro e o argentino.




Marquei com o mesmo taxista da vinda e no dia seguinte fomos para a rodoviária em Puerto Iguazu, já na Argentina. A fronteira é super rápida e tranquila. Enquanto esperava o ônibus para Córdoba comi uns quitutes numa padaria onde aceitavam dinheiro do Brasil e da Argentina. A passagem eu já havia comprado ao chegar em Foz do Iguaçu, no dia anterior. 

Dicas:
. Ir com roupa impermeável ou de secagem rápida. Tem uma parte que molha tudo! Vendem capa de chuva na porta também.


PARTE 3 || Córdoba - Carlos Paz

Não foi a primeira vez que passei por essa cidade e minhas recordações eram de uma cidade “cidade”, já que havia me hospedado no centro e acabei ficando só por ali. Desta vez queria fazer diferente e conhecer os rios e cachoeiras das redondezas.

Ainda na rodoviária, de manhã bem cedo, vi um rapaz que também carregava mochilão e barraca, me aproximei para ver se conseguia alguma informação de camping na cidade, em meio ao espanhol com sotaque carregado descobrimos que éramos ambos brasileiros. Fomos até o balcão de informações, pegamos um mapa e ele entrou em um cyber enquanto eu aguardava com as mochilas do lado de fora. Acabamos indo para o único hostel em minhas anotações que não era no centro, era em Nueva Córdoba. Gostei muito de conhecer essa parte da cidade, muito mais tranquila, com praças, barzinhos, universidades, buena onda!

Córdoba é uma cidade cercada por vilas e pequenas cidades com rios, cachoeiras, natureza exuberante e é pra lá que queria ir. Nesse mesmo dia fomos procurar um lugar para alugar bicicleta para ir ao centro, mas nunca o encontramos e fizemos tudo a pé. Voltamos de ônibus, descemos no ponto errado e andamos muuuito esse dia. No dia seguinte cedo fomos pegar o ônibus para passar o dia na vila de Carlos Paz, cerca de uma hora de viagem. Tem opções de hospedagem e camping por lá também. Quem quiser e tiver mais tempo a boa é alugar um carro e conhecer vários lugarzinhos lindos pela região.

Daí foi chegar ao hostel só pra tomar um banho, arrumar a coisas e partir para a rodoviária. Desta vez rumo a Mendoza no mesmo esquema de passar a noite no ônibus  economizando a diária.


PARTE 4 || Mendoza


Cheguei cedo na cidade, peguei um taxi e fui para a rua dos hostels que me haviam indicado na cidade anterior. Na primeira tentativa estava lotado, andei umas duas quadras e encontrei onde ficar. O bom da concorrência é que dá pra pesquisar o melhor preço antes de escolher.

Em Mendoza o que eu queria fazer era o tour de bicicleta pelos vinhedos. Perguntei na recepção e fui pra rua. Passei por uma loja de aluguel de bike e descobri como ir de forma independente e fazer esse tour, economizando um bom $. Comprei um cartão para pegar o ônibus no dia seguinte.

No outro dia andei até o ponto de ônibus indicado e logo passou um que me parecia ir para lá, no meio do caminho descobri que não, mas o motorista me deixou em um ponto onde passaria o outro para seguir até o meu destino. Enfim, desci no ponto certo dessa vez e andei até onde alugavam bicicletas. O dono era um figura que fez da parte externa de sua casa essa empresa. Cheguei junto com um alemão que também estava sozinho. Cada um recebeu um mapa, uma garrafa de água, as instruções e recomendações e uma delas era não andar sozinhos por ali. Seguimos, então, eu e o alemão com as bicicletas para a estrada dos vinhos.

Vale muito o passeio. Você escolhe em qual vai entrar e pagar o tour com a degustação, em qual só vai entrar e ver por fora, em qual quer só a degustação, é bem aberto e cada um escolhe o que fazer por ali, além de ser linda a paisagem, nem se sente os quilômetros andados.

Ao final fomos degustar um vinho em um tipo de mercadinho (La Botella) onde os atendentes eram super simpáticos, colocavam música brasileira e acabamos tomando uma garrafa inteira de vinho. Pra não sair de mãos vazias de lá comprei um vinho de qualidade com preço ótimo e uma pasta de tomates secos delícia.






PARTE 5 || Mendoza - Santiago


Esse era o caminho que eu queria ver, por isso fui durante o dia, sentei na janela e fiquei com os olhos bem abertos. Pela distância se pode fazer uma dessas economias de diária e passar a noite no ônibus, mas irá perder o visual incrível de passar pelo meio da Cordilheira dos Andes.

Logo escrevo sobre Santiago, cidade onde vivi por quase dois anos...